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Já falamos aqui no Blog do Caminhoneiro sobre as principais diferenças entre os caminhões produzidos nos Estados Unidos e os modelos nacionais, especialmente no quesito das cabines, muito mais amplas na América do Norte. Mas muita gente acha que os caminhões dos EUA são mais potentes que os fabricados no Brasil. Será que isso é verdade?

Você sabe o porquê de os caminhões brasileiros e norte-americanos serem tão diferentes?

Na verdade não, e muitos modelos até usam motores derivados de caminhões produzidos na Europa, quase idênticos aos nacionais. A origem dessa dúvida se dá pela nomenclatura dos caminhões, como o Volvo VNL 860 ou o Kenworth T680, que parecem denotar a potência do caminhão, mas na verdade só fazem a distinção de modelos ou do tamanho da cabine.

Por exemplo, o Volvo VNL recebe seu padrão de nomenclatura de acordo com o tamanho da cabine. A menor disponível é a versão VNL 300, que não tem leito, ou seja, uma cabine simples, para operações locais e regionais. Essas cabine curtas são chamadas de daycab, ou diurnas. A linha do VNL vai sendo ampliada para os modelos 400, 740, 760 e 860. Essa maior tem 77 polegadas de leito, ou seja, atrás das portas são 1,95 metros de cabine, garantindo espaço de sobra para o caminhoneiro.

Na questão dos motores, o VNL recebe motores Volvo D13 e D13TC, equipados com Turbo Compound, com potências de 405 a 500 cavalos, motores Volvo D11, de 325 a 425 cavalos, e os motores Cummins X15, que oferecem potências entre 400 e 565 cavalos. No Brasil, o Volvo FH mais potente tem motor D13C, com 540 cavalos de potência. O motor mais potente oferecido pela Volvo é disponível exclusivamente para o modelo FH16, na Europa e em alguns outros poucos mercados, com 750 cavalos de potência. Esse motor não é disponível nos EUA.

Os modelos Kenworth T680 e Peterbilt 579 são produzidos por montadoras subsidiárias da Paccar, assim como a DAF, já dá para perceber que os trens de força são similares.

O Kenworth T680 é equipado com motores Paccar MX-13 de 405 a 510 cavalos de potência, fabricados pela Paccar. Como opcional, pode receber motores MX-11, também fabricados pela Paccar. No Brasil, esse mesmo motor equipa os caminhões DAF XF, produzidos em Ponta Grossa, no Paraná. Por aqui, as potências disponíveis variam de 430 a 530 cavalos, sendo a potência mais alta do que a oferecida nos EUA.

O líder de vendas nos Estados Unidos é o Freithliner Cascadia, que oferece um dos motores mais potentes dos EUA. Na versão top de linha, pode ser equipado com motores Cummins X15, com até 615 cavalos de potência. Porém, a maioria dos clientes prefere o caminhão com motores Detroit, produzidos pela Daimler Trucks, dona da Freithliner, com potências entre 400 e 455 cavalos.

Até houve especulação de uma desenvolvimento, por parte da DAF, de um motor Paccar MX-15, voltado ao mercado norte-americano e australiano, mas, Lance Walters, presidente da DAF no Brasil, confirmou ao Blog do Caminhoneiro que a montadora não trabalha nesse desenvolvimento, porque o interesse por motores grandes, acima de 13 litros, tem diminuído ao longo dos anos, especialmente nas grandes frotas, além do fato de os motores menores conseguirem obter cada vez mais potência e torque com a mesma litragem, sem comprometer a eficiência.

Ou seja, apesar do tamanho imponente, esses caminhões norte-americanos são equipados com motores muito similares ao usados em caminhões no Brasil, contando apenas com mudanças de engenharia para se adaptarem ao mercado de cada região.

Rafael Brusque – Blog do Caminhoneiro

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By DB

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