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Centenas de caminhões novos eram movimentados todos os dias, para entregas a clientes no Brasil e também em rotas Mercosul. Eram, porque os motoristas que realizavam essas entregas dizem que o movimento caiu drasticamente a partir de janeiro.

Um dos motoristas que conversou com o Blog do Caminhoneiro nesta semana relatou que até o final de 2022 chegava a fazer quinze entregas mensais de caminhões. Neste ano, o movimento caiu para três ou quatro por mês, o que fez com que buscasse oportunidade em outra área.

Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores mostram que as vendas de caminhões no Brasil, em 2022, chegaram a 124.584 unidades, um média mensal de 10,3 mil unidades.

Em janeiro desse ano, as vendas ficaram em 10.215 unidades, dentro da média, mas caíram para 7.825 unidades em fevereiro. Os números referentes a março devem ser divulgados na próxima semana.

A própria Fenabrave estima que o mercado de caminhões no Brasil não cresça nesse ano, como vinha acontecendo nos últimos dois.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) mostra que a exportação de caminhões, muitos com destino ao Mercosul, fechou 2022 com 25.455 unidades exportadas, uma média de 2.121 mensais.

Em janeiro foram exportados 1.026 caminhões, e em fevereiro, 1.650.

Com os números mais baixos, as empresas que realizam as operações de transporte de caminhões novos, geralmente em carretas prancha ou rodando, estão priorizando os motoristas contratados, e aqueles terceirizados, sendo muitos Micro Empreendedores Individuais (MEI), acabam ficando sem oportunidades, o que reduziu muito o faturamento.

Consequentemente, esses motoristas tem procurado outras colocações no mercado, em transportadoras, ou mesmo em outros setores, para evitar depender de um serviço que agora é considerado incerto.

De acordo com um caminhoneiro que fazia esse transporte, agora ele busca uma colocação como motorista de uma transportadora, para atuar em rotas que já fazia com os veículos novos, inclusive Mercosul.

Isso porque, além da redução do trabalho, viagens mais longas, que consequentemente pagam mais, quase não acontecem nesse ano para os terceirizados.

By DB

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