Não dá para falar da história do caminhão no mundo sem citar a montadora sueca Scania. Fundada há mais de 100 anos, a montadora atua hoje em dia no mundo todo, fornecendo as mais diversas soluções para o transporte de cargas, motores industriais e marítimos.
Mas, a história começou bem diferente, em 1900, quando foi fundada a Maskinfabriksaktiebolaget Scania, uma fabricante de bicicletas na região de Malmö. Apenas um ano depois, foi produzido um automóvel, e, em 1902, saía da fábrica o primeiro caminhão, de uma trajetória que segue firme até hoje.
O primeiro caminhão Scania é o modelo apresentado na imagem acima, que abre esse texto. Rodas de madeira com chapa de ferro, tração por meio de uma corrente e freios a varão, que eram tecnologias comuns na época, originárias de carroças.
O motorista ficava sentado à frente, no posto de comando que mal se podia chamar de cabine. Não havia teto ou paredes, e a posição de dirigir não era nada ergonômica.
O projeto foi idealizado pelos engenheiros Svensson e Reinhold Thornssin, que tiveram um impasse durante o desenvolvimento do caminhão: Onde seria colocado o motor?
Para um, a melhor posição seria na dianteira, o outro pensava que o motor devia ficar atrás. A solução foi um meio-termo. O motor foi colocado quase no meio do caminhão, em baixo do banco do motorista.
Era um pequeno motor a gasolina de dois cilindros, com potência de 12 cavalos. Com toda essa força, o caminhão poderia transportar cerca de 1,5 tonelada de carga, com velocidade máxima de 15 km/h.
A produção durou pouco, apenas 3 anos, e não se sabe ao certo quantas unidades foram produzidas.
Há poucos quilômetros da fábrica da Scania, que ficava em Malmö, outra fabricante trabalhava no desenvolvimento de um caminhão. Era a Vagnfabriksaktiebolaget i Södertälje, mais conhecida como Vabis.
O caminhão da concorrente também tinha capacidade de carga de 1,5 tonelada, mas a montagem era diferente, com o motor instalado na dianteira, e velocidade máxima de 12 km/h.
A concorrência não durou muitos anos. Em 1911, as duas empresas se fundem, se tornando a Scania-Vabis, e chegam a produzir juntas 64 veículos em um ano. O número não era nada ruim.
Os 40 carros, 23 caminhões e 1 ônibus eram feitos quase 100% a mão, sem ferramental como conhecemos hoje.
Depois disso, a história seguiu, produzindo cada vez mais e se espalhando pelo mundo, com a palavra Scania se tornando sinônimo de caminhão.
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